Segundo o site da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, os TICs são “Tecnologias de Informação e Comunicação (convergência entre semicondutores, software, telecomunicações, radiodifusão, conteúdos)”. Já para o site da Sociedade Digital os TICs são definidos como “ (Tecnologias de Informação e Comunicação) Equipamentos e programas utilizados para comunicação e acesso / troca de informação”.
Os TICs (Tecnologia Informação e Comunicação) são resultado dos inúmeros avanços tecnológicos que acabam por refletir em mudanças acentuadas que influenciam a geração, a transformação, o armazenamento, a transmissão e a recuperação da informação.
As Universidades sendo o centro difusor dos processos de mudanças passam desta forma a acompanhar tais avanços na tecnologia passando a ser os agentes principais no desenvolvimento dos TICs. Perante a isto, SIMON (1997, P. 1) expõe que “[...] a razão de ser da Universidade é a criação e a descoberta da informação (através da pesquisa), a sua transmissão (através do ensino e das atividades de extensão) e o seu registro (através da produção de publicações que são coletadas em bibliotecas).”
Dentre a presença dos TICs no cenário brasileiro, podemos destacar as informações das pesquisas estruturais desenvolvidas pelo IBGE, que mostram a participação dos segmentos e apontando o seu grau de concentração no Estado de São Paulo em relação ao país.
Segundo Capitulo 10 dos Indicadores da FAPESP (2005 p. 14)
Os números para os segmentos de serviços de telecomunicações, serviços de informática e setores industriais produtores de bens e equipamentos de TICs mostram que São Paulo, em 2001, concentrava 53% do número de unidades, 42% do pessoal ocupado e 44% das receitas geradas no Brasil.
A partir dos dados obtidos, pode-se perceber que São Paulo é o principal centro das indústrias brasileiras em setores de alta tecnologia e de parte significativa dos serviços mais avançados, integrando os elos mais dinâmicos da cadeia produtiva dos setores ligados a TICs.
Nota-se que a utilização dos TICs na atualidade se faz cada vez maior, uma vez que constituem, uma linguagem de comunicação e um instrumento de trabalho essencial do mundo de hoje que é necessário conhecer e dominar.
Os TICs por sua vez representam um grande suporte para o desenvolvimento humano em suas numerosas dimensões, como no caso do processo de ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva Ponte ([?] p. 2) coloca que
[...] estas tecnologias constituem tanto um meio fundamental de acesso à informação (Internet, bases de dados) como um instrumento de transformação da informação e de produção de nova informação (seja ela expressa através de texto, imagem, som, dados, modelos matemáticos ou documentos multimédia e hipermédia). Mas as TIC constituem ainda um meio de comunicação a distância e uma ferramenta para o trabalho colaborativo (permitindo o envio de mensagens, documentos, vídeos e software entre quaisquer dois pontos do globo). Em vez de dispensarem a interacção social entre os seres humanos, estas tecnologias possibilitam o desenvolvimento de novas formas de interacção, potenciando desse modo a construção de novas identidades pessoais.
O cesso aos TICs torna-se cada vez maior a população de todo o mundo, e desta forma, a inserção no ambiente escolar se vê necessária também, articulando o seu uso com o de outros meios didáticos.
Para Ponte ([?] p. 2-3)
Na escola, as TIC são um elemento constituinte do ambiente de aprendizagem. Elas podem apoiar a aprendizagem de conteúdos e o desenvolvimento de capacidades específicas, tanto através de software educacional como de ferramentas de uso corrente. Permitem a criação de espaços de interacção e partilha, pelas possibilidades que fornecem de comunicação e troca de documentos Representam, além disso, uma ferramenta de trabalho do professor e do educador de infância e um elemento integrante da sua cultura profissional, pelas possibilidades alternativas que fornecem de expressão criativa, de realização de projectos e de reflexão crítica.
Porém para que isto ocorra
os novos professores precisam de ser capazes de integrar as TIC no ensino-aprendizagem das diversas áreas curriculares, articulando o seu uso com o de outros meios didácticos. Para isso, precisam de saber usar e promover o uso de software educativo e software utilitário pelos alunos, bem como de serem capazes de avaliar as respectivas potencialidades e limitações. Precisam, finalmente, de conhecer os recursos e equipamentos disponíveis na sua escola ou instituição. (PONTE, ([?] p. 4)
Para que a utilização dos TICs sejam freqüentes no dia a dia do processo de ensino-aprendizagem nas escolas, é necessário que as instituições de formação de professores, como no caso da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desenvolvam um conjunto de técnicas e práticas em suas disciplinas ofertadas, como é o caso da disciplina de “Linguagens e Abordagens em Geografia: Tecnologia de Informação e Comunicação” ofertada no curso de Especialização em ensino de Geografia, ministrada pela docente Rosely Archela, que por sua vez, visa o contato e aperfeiçoamento de profissionais do ensino com os meios eletrônicos de comunicação espacial.
Bibliografias:
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Disponível em:
Capítulo 10 - Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e Redes Digitais. Disponível em:
PONTE, João Pedro. As TIC no início da escolaridade: Perspectivas para a formação inicial de professores. Disponível em: < http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt/02-Ponte%20%28TIC-INAFOP%29.pdf >. Acesso em: 25 mai 2010.
SIMON, Imre. A Universidade diante das novas tecnologias de informação e comunicação. Disponível em:< http://www.ime.usp.br/~is/papir/opiniao.html>. Acesso em: 21 de mai. 2010.
Sociedade Digital: Dicionário da Sociedade da Informação. Disponível em: < http://www.socid.org.br/dicas_redes.htm>. Acesso em: 25 mai 2010.